São as águas de sempre...

05:48:00Rio de Leitura

          São as águas de junho...

          É pau, é pedra, é o início do caminho...

          Na famosa canção brasileira escrita - considerada a melhor música brasileira de todos os tempos - Tom Jobim faz um inventário, nos mínimos detalhes, de elementos que o fascinam, sem prejuízo nenhum para o todo do conjunto.

          E, quem não carrega, em si, como o músico, o dom da produção da palavra poética?

          Como os ‘não poetas’ podem reproduzir os sentimentos quando eles são intensos, e, às vezes, inomináveis?

          Nestes últimos dias 07 e 08, uma representação de mediadores de leitura de algumas escolas leitoras visitou a cidade de Acari para contribuir com uma mobilização literária socializando nossa experiência e ministrando oficinas para  professores do município.  Tudo isso banhado nas águas de junho, aquecidas pelo movimento intenso provocado por aqueles que se banham nas águas da literatura.

          A equipe, acompanhada da Coordenadora de Gestão Escolar, a Profª Eugênia Furtado, e a Secretária Adjunta de Educação, a Profª Marizete Amorim, representava apenas cinco escolas municipais, mas, pôde dividir os seus conhecimentos de como e quando o projeto começou, nossos avanços e, ainda, problemas, apesar do pouco tempo.

Um sarau intercambiou as duas cidades


          Na lista do famoso músico, são elementos de um contexto mais natural, onde quase não se sente a ação humana: são montes com pedras no alto que tememos rolar, pássaros que gorjeiam  não como ‘cá’, enfim...  Mas eu disse “quase", por conta do seguinte objeto: ‘o livro’.  Ele, que tem ação humana envolvida, esteve conosco, costurando essas águas que se fundem.  

          Quem não é poeta, fracassa: não consegue traduzir a essência da experiência nestes dois dias, de tamanha riqueza.  Fica a lacuna, apesar da emoção ter vitória em nossos corações.

Momentos de 'banho' ministrando as oficinas e conhecendo a simpática cidade


          A equipe do projeto “Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura” agradece a hospitalidade calorosa, e deseja que torrentes de águas não se limitem, para os acarienses, apenas a dias ou meses de um calendário inventado, mas que sejam promessas de vida, de leitores, para sempre!


Parnamirim, um rio que flui para o açude de Gargalheiras






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