Pois bem, é condição sine qua non que o professor seja leitor.   

          A sentença, dita e ratificada uma centena de vezes, foi, mais uma vez, repetida.  Agora pela ensaísta e crítica literária de incontestável posição Marisa Lajolo: “Para ser mediador é preciso ser leitor”.

          Nesta última tarde do dia 09 de setembro deste, no auditório da Biblioteca Zila Mamede, na UFRN, a professora Marisa Lajolo fez um passeio histórico do rolo antigo ao códex medieval, do livro impresso ao texto eletrônico lembrando que, apesar do governo brasileiro ser o maior comprador de livros no mundo, ainda há uma lacuna no que tange a formação do professor leitor.

            

          Como evidente leitora, Marisa Lajolo leu, junto aos professores e alunos presentes, trechos de clássicos como “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Caroll, entre cartuns de Claudius e Almada Negreiros e a fábula de Monteiro Lobato “Mal Maior”.  E entre citações de Antônio Cândido a Lewis Caroll, passando pelo estudado Lobato, a pesquisadora denunciou o fato de que a sociedade contemporânea ainda confere pouco valor à literatura, sendo árduo o papel do mediador nesse contexto.  “É como ensinar a fazer bifes a um vegetariano”.  

          Mais uma vez, a equipe de professores de Parnamirim foi desafiada nessa tarefa de facilitar a relação entre a obra e o público.  Mudando os hábitos e equilibrando a 'alimentação' daqueles que insistem em não ler...

          Por orientação "médica" da Drª Marisa Lajolo...