Terá Olavo Bilac escrito seu poema “O Rio” em homenagem àqueles que já foram apenas chuva?

          Um olho d’água que era: sem espaços destinados para bibliotecas, sem desenhos de relevo postos por leis, sem professores/comandantes dos convés e poucos livros que poderiam lençóis aflorar no ano de 2010. 

          Até que o Senhor das dimensões nos moveu em nossos destinos e seguiu-se uma bela história entre as rochas.  Em 2012, já contávamos entre as dez melhores experiências no tocante a promoção da leitura no 7º Prêmio VivaLeitura pelo MEC/MInC. Já líamos e cantávamos cantigas de bem viver às margens do Rio.

         Em 2014, éramos ‘Município Leitor’, título garantido pelo Instituto Natura e fazíamos nossa própria força.

          Em corredeira avançamos e, em 2017, mais uma láurea: um dos dez melhores em todo o país, de acordo com o Instituto Nacional Pró-Livro (IPL).

          Hoje, dia 3 de julho de dois mil e dezoito, somos o segundo melhor programa de incentivo à leitura junto a crianças de jovens de todo o Brasil: título dado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil: uma organização séria que defende o direito da leitura para todos, por meio de bibliotecas escolares, públicas e comunitárias em uma história de cinco décadas de sucesso. O ritmo regular faz revolutear mares de leitura.

          Já já retornamos com um novo reconhecimento nacional levando o rio a prosseguir perenemente:  enroscando-se em todo e qualquer leitor, acordando a cidade e desabotoando escuridões nas altas ondas.