Se o fomento à leitura perpassa pelo desenvolvimento das competências leitoras dos professores, Parnamirim está no caminho certo. 

          O dia 04 de março, primeiro encontro de formação do ano de 2020, foi um marco no que diz respeito ao encontro do leitor com o escritor, ou, melhor dizendo, com a escritora nascida em solo potiguar.  

          Nossas preletoras, escritoras e leitoras experientes, a saber, Ana Catarina Silva Fernandes, Ana Cláudia Trigueiro, Andreia Braz, Carla Alves e Juscely Confessor nos ajudaram a expandir o tamanho do universo do Rio Grande. Um redimensionamento na mente e no coração sobre a poesia produzida pelas mulheres, que pôs em pauta as nossas representatividades, no auditório ambientado pelo professor Luís Carlos Freire com livros e desejos de um bom ano letivo.  Que riqueza de encontro!

          E não foi apenas um exercício cognitivo - apesar de termos a referenciação teórica de Antônio Cândido e Constância Lima Duarte - foi, também emocional, com a mesa coordenada por alunas da Escola Municipal Augusto Severo; como também cultural, quando ouvimos sobre as clássicas do cânone às produções atuais; foi dramatúrgico e sensorial, quando tocamos nas mediadoras Ana Leopoldina e Jarlene Carvalho, vestidas de Auta de Souza; e pessoal, quando ganhamos livros "O Arado", de Zila Mamede e exemplares da Folha Poética das mãos da representante do Mulherio das Letras Zila Mamede, com apoio da Fundação José Augusto. Quanta abastança!  




          Como bem disse Diva Cunha: "Que despropósito: uma agenda cheia de pássaros numa manhã de obrigações!” Sim um tempo especial de abrigo, liberdade, crescimento e espera. Para agradecer às nossas preletoras, flâmulas com o texto que nos guia da mineira Adélia Prado. Porque a literatura é mesmo assim... 

          O encontro segue, agora em nossas bibliotecas escolares, encontrando, dentro do eco de tantas mulheres potiguares, a nossa própria voz.