Neste período de quarentena, os livros "Cartas a Povos Distantes", de Fábio Monteiro e “A caligrafia de Dona Sofia” do reconhecido escritor e ilustrador André Neves, têm inspirado algumas escolas para a experiência da leitura e escrita através da comunicação clássica: cartas enviadas pelos Correios.

          Além de resgatar a carta como gênero textual, meninos e meninas das Escolas Municipais Íris de Almeida Matos e Homero Dantas estão envolvidos no projeto "Afetos Manuscritos": uma troca de afetos através da palavra escrita idealizada pela mediadora de leitura Gracileide Oliveira, de modo que alguns possam ter a oportunidade de ler e sentir as emoções proporcionadas pelos poemas. E quanto a palavra manuscrita tem levado de um ângulo a outro da cidade de Parnamirim!

          É tempo de contradizer o mais universal poeta português quando disse que "Todas as cartas de amor são ridículas".  Não, não são. Estas letrinhas escritas no papel podem recuperar o que há de mais humano nas relações humanas e comunicar, de um bairro a outro, dulçor.