Cante Lá que eu Canto Cá, menina Izabela!

10:27:00Rio de Leitura


         Nossas escolas estão abarrotadas de crianças que consideram difícil, chato e torturante memorizar alguns itens.  Talvez pelo fato de que são, geralmente, textos emocionalmente inexpressivos para elas. Pesquisas dizem que a memória tem uma predileção especial por informações interessantes, divertidas, coloridas e empolgantes. As informações lineares e banais são logo descartadas pela memória.

         A aluna Izabela Lourenço, da Escola Municipal Jussier Santos, e sua memória fenomenal, está inserida em um contexto bastante significativo: seu avô paterno é cordelista e seu avô materno é sertanejo, amante do cenário do interior potiguar.  Talvez pela razão do texto ser expressivo, devido a tal genealogia, a menina leitora seja capaz de memorizar os 169 versos contidos na poesia “Cante Lá que eu Canto Cá” de Patativa do Assaré, com tanta habilidade, outros tantos de Jessier Quirino e demais poetas 'populares'.



          Neste último dia 11 de março, na conferência de abertura do Pacto Nacional pela Educação na Idade Certa (PNAIC), no Centro Municipal de Referência em Educação Aluísio Alves (Cemure), Izabela encantou a todos com sua mente afiada e fortalecida ao recitar os versos de Patativa, o poeta popular com quatro títulos universitários de Doutor Honoris Causa, a quem Cláudio Portella falou na coletânea “Patativa do Assaré” (SP: Global, 2006), “ao lado de Camões, Homero e Dante, um dos maiores poetas populares do mundo”.  A apresentação, de surpreendente naturalidade, arrancou aplausos ardentes dos mais de 600 professores, coordenadores e secretários de educação representativos de mais de 100 municípios.




          Certamente Patativa do Assaré é por demais significativo para a pequena menina de 10 anos, justificando-se, assim, seu desejo e sua excelente capacidade de memorização com os textos de Patativa.

       

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