Rio de Leitura, 14 de outubro de 2013
11:15:00Rio de LeituraCaros ‘guardiões do templo’...
Segundo ministração da Profª Marly Amarilha, coordenadora do Seminário de Educação e Leitura, com a democratização do livro e da leitura, “não desejamos produzir poetas, apenas pessoas sensíveis”.
É isso mesmo! O conhecimento adquirido, nestas quase 30 horas de ministrações, só terá valia quando for compartilhado. E eu sei que será! Em cada conto, cada romance, cada fábula, enfim... cada livro ou trecho dele lido, vocês terão, então, a oportunidade de assumir a postura ampla como educador comprometido que somos.
Meu ‘orgulho’ pelo trabalho que desenvolvem, sai aos borbotões! E, mesmo que piegas pareça, declaro meu amor por este trabalho e por vocês, amados semeadores que 'mandam o povo pensar'.
Mais do que saberes acumulados, um compromisso com o futuro de cada menino e cada menina que mora na cidade de Parnamirim. Cada vez mais estou certa que a arte da palavra – a literatura – materializada nos livros, causando prazer aos sentidos, pode fazer toda a diferença na vida de muitos.
Um agradecimento especial à minha amiga-irmã Aracy Gomes, que, plena de leveza e sabedoria, traz uma cooperação, na lida do cotidiano, sem igual. Seus sábios conselhos são imprescindíveis, para mim, nesta caminhada.
É certo que há muitas emendas, consertos e acrescentos em nosso fazer, mas alegra-nos saber que estamos no caminho certo, fazendo de Parnamirim uma cidade de leitores. Que não seja, em nossa cidade, negado ao leitor o direito ao tempo dedicado à literatura. Nunca mais!
Entre tantos simpósios, grupos de trabalhos e palestras, percebemos quão grande é o desafio daqueles que medeiam a arte.
Concluo, inebriada de emoção, agradecendo ao Pai das Luzes, grande interessado em tirar-nos das trevas da ignorância, e recontando a narrativa socializada pelo Profº Antonio Pereira (UFRN), na última quarta-feira (13):
A bibliotecária, estranhando o pedido de empréstimo da obra épica, perguntou se não gostaria de levar um outro livro. O mineiro disse que não, sem olhar nos seus olhos,
com uma timidez típica à sua naturalidade e profissão.
Quinze dias depois, retorna e pede renovação do empréstimo por mais quinze dias.
E depois mais quinze. Ao retornar, a funcionária, curiosa por saber sobre a experiência
(ou não-experiência), perguntou se havia apreciado a obra,
pelo que declarou, desta feita, fitando em seus olhos:
Com esperança...
Angélica Vitalino
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