Não se disfarça a morte. A poesia hebraica, no livro dos Salmos, já advertia: "Que homem pode viver e não ver a morte, ou livrar-se do poder da sepultura?"  Há, então, que se discuti-la e vivê-la e, se é assim, por que não poetizá-la?

´        Trazendo como máxima a ideia que a literatura pode ajudar na compreensão das dores humanas, a Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, com a iniciativa de sua mediadora de leitura Maria José, trouxe a obra de Ricardo Azevedo "Contos de Enganar a Morte", trazendo uma série de narrativas populares que têm como ponto comum o herói que tenta vencer o fim da vida.

          Um espaço temático, organizado em função da data do Dia de Finados - tradição celebrada desde o ll século - foi ambientado para os alunos do 1º ao 5º ano enquanto se liam os contos de forma que, quem sabe, esses meninos e meninas leitoras possam elaborar esses tais sentimentos que ainda não conseguiram muito bem compreender.  Como bem disse o imortal Bartolomeu Campos de Queirós: “Ah!, o eterno é o sempre. Não tem nós de nascimentos ou embaraços de mortes. E o pensamento, este é terreno demais para decifrar intenso mistério.”