Queremos, de fato, formar leitores? Então faz-se necessário dedicar espaço, na escola, para a prática da leitura.  E o trabalho com a leitura compartilhada pressupõe o desejo da escuta: é preciso que haja o outro. 

          Pensando assim, a mediadora de leitura Gracileide Oliveira traz o projeto que era executado nas Escolas Neilza Gomes e Homero Dantas para a sua instituição, o Íris de Almeida, e a vizinha, o José Fernandes.  É o livro sendo incluído no cotidiano, para que meninos e meninas da cidade sintam-se próximos e convidados a manuseá-lo e descobri-lo, em suas muitas possibilidades. 

          Abertos à escuta generosa, os meninos do 2º ano ouviram, entre outros textos de Monteiro Lobato, Ninfa Parreiras e Ana Cláudia Trigueiro, a crônica real de Tatiana Belinky do "menino pobre que, certamente, não era um pobre menino, que pede, à escritora russa, um livro de presente. Com a participação de gestores, mediadores e alunos, foi uma manhã de troca de mimos, de sintonias e de poesia, é claro.  A literatura em comum agora conduz a Escola José Fernandes à vizinha no mês de junho.