E, por falar em saudade.... Acontece o primeiro encontro de formação dos mediadores de leitura de Parnamirim

07:39:00Rio de Leitura

"Eu tenho muita saudade, e a saudade é como a fome, só acalma quando a gente come.  Sempre no fim do ano, eu mando uma foto dos meninos para minha irmã, presente de Natal, é uma maneira de dizer que estamos bem, seguindo a nossa rotina, e ela também me envia seu retrato. É uma coisa tão grande, é um milagre, não é?  A vida é tão silenciosa, a gente nem percebe direito que está nela, pelo menos não o tempo todo, mas, se estamos atentos, se sentimos essa dor (sim, é uma dor, uma dor que dói aos poucos), aí descobrimos toda a sua intensidade (....) 

Daqui a pouco vou encontrar minha irmã, com essa seca vai ser difícil cruzar o rio, tem muitos bancos de areia, às vezes, em alguns trechos, é preciso carregar canoa nos ombros até onde as águas voltam a ser profundas, mas não importa com quantas barreiras eu vou me deparar; a maior já passei e vou dizer tudo isso a ela vou dizer tudo com um abraço."  

            O trecho de "A Vida Naquela Hora", de João Anzanello Carrascoza, abriu, entre singulares memórias, o primeiro encontro de formação do ano atípico de 2021. 

             A professora Andreia Mendes, como leitora, doutora em Ciências Sociais e técnica da Secretaria de Educação, ratificou o quanto uma obra, às vezes, nutre literalmente a vida: no "berço ou na rede, a Literatura é um jardim de delícias" (palavras da palestrante).  Um tempo precioso para ter a certeza que um texto literário, se bem escolhido, pode trabalhar aquilo que hoje nos é mais caro: nossas habilidades socioemocionais, mesmo com a saudade ocupando espaço.

          Também uma oportunidade para relembrarmos a Lei nº 9.610/1998, que legisla sobre os direitos autorais (disponível neste link planalto.gov.br) e sobre a periodicidade das interações com os nossos leitores - que sugerimos que aconteça de forma semanal: sendo a primeira semana com poemas, crônicas, cordéis, contos e outros mais escritos com atividades redigidas em anexo; e a segunda semana mediadas pela tecnologia, com áudios e/ou vídeos: tudo para se aproximar de cada nome e sobrenome, mesmo que de longe.

          Há quem diga que o termo "saudade" pertença apenas à "Última flor do Lácio".  Não há certezas quanto a isso. O que fica, aqui, são nossos agradecimentos a Andreia Mendes pela valiosa contribuição em nos aproximar, ainda que virtualmente.  

Quem desejar rever o diálogo, está disponível no aqui, no canal do Youtube da SEMEC.









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