Chega um momento na vida das crianças em que as letras deixam de ser aqueles símbolos super esquisitos e passam a formar palavras, que formam frases, das quais nascem livros.

          Então, um universo riquíssimo abre-se aos olhos dessa criança e ela começa a entender, cada vez mais, o mundo grafocêntrico em que está inserida.  E também passa a ler as próprias histórias.

        Obviamente, este não é o objetivo de nenhum projeto de promoção à leitura literária, mas é emocionante verificar a sua contribuição no desenvolvimento cognitivo da criança.

         Hoje, dia 15 de março de 2013, em um sarau organizado pela Escola Municipal Eva Lúcia, conheci o menino Lucas Alves, de 11 anos.  Poderia ser uma criança comum, matriculada em um quarto ano qualquer, se não fosse a sua decisão de enfrentar o público presente para ler “Lua é do Raul”, de Cecília Meirelles, mesmo com algumas dificuldades.

Enquanto lia, Lucas acompanhava o texto com o dedo,  fazendo o ajuste devido do falado para o escrito.  Mas, ali, firme, ao lado de sua professora, que o abraçava.  E lia Cecília Meirelles!  Quer instrumento mais desafiador e motivador?

Certamente qualquer instituição que tenha tal ‘atmosfera literária’, com doses diárias de leitura agradável,  dá ao seu corpo discente – e, em especial, ao menino Lucas, que me leva às lágrimas, aqui, mais uma vez - as condições necessárias ao desenvolvimento de comportamentos leitores que incluem oportunidades de leitura, esteja o aluno(a) em que nível estiver.

Outros momentos do Sarau

Registros fotográficos limitados não conseguem captar a emoção