A leitura, como uma ação habitual, se instaura a partir do convívio e do contato com os livros.  É uma prática social, ou seja, é construída nas relações entre os pares, resultante de uma ação orquestrada por um mediador de leitura, seja ele pai, mãe, professor ou até mesmo uma outra criança.

          Porém, uma considerável parcela de responsabilidade no desenvolvimento das habilidades de leitura recai sobre a escola, até porque é nela que a criança passa cinco dias da semana.

          Pensando nisso, a Escola Municipal Nossa Senhora da Guia, em Emaús, promoveu a sua 6ª Semana Intensiva de Leitura, entre os dias 25 a 29 de novembro deste, com uma programação sistemática envolvendo a literatura.

Aluno lê "A Casa Sonolenta", de Audrey Wood

"Flicts", de Ziraldo

          As crianças apresentaram leituras de Ziraldo, Cecília Meireles e dramatizações, como a clássica fabula "A Dona Baratinha".  Uma homenagem a Vinicius de Morais também foi apresentada com todos os meninos de chapéus e as meninas de rosas, sob a música "Garota de Ipanema".



          Ao final, foi facultada a palavra.  Um ex-aluno, agora pai de uma aluna na escola, agradeceu pelas leituras intermediadas pela escola; e um aluno, do 4º ano, também disse ser uma honra participar de uma escola que favorece a leitura.

          Que seja para muito além um período de tempo de cinco dias consecutivos.  Que sejam muitos anos intensivos de leitura para a Escola Nossa Senhora da Guia!

          Há poesia em todos os lugares. Essa é a verdade. O que necessitamos fazer é ensaiar nosso olho para encontrá-la.

           E descobrir poema não é coisa que se faz assim: de forma distraída. É preciso treino e alguém que nos medeie, pelo menos, no começo. Há, alguns, especiais que já nascem com a facilidade de encontrar poesia em tudo. Outros, pobres mortais, precisam aprender.  

          Mario Quintana, por exemplo, sabe que tem gente que nunca vai aprender.

            A BORBOLETA

          Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:
           - “Olha uma borboleta!”
          O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura:
           - Ah! sim, um lepidóptero...
 
          Esses e outros poemas foram lidos por crianças hoje, dia 28 de novembro de 2013, na Escola Municipal Enedina Eduardo do Nascimento.  Durante a tarde, meninos e meninas, junto aos seus pais, participaram de um sarau em comemoração ao 3º ano da Sala de Leitura Édila Medeiros Vasconcelos Araújo, com desenvoltura comum àqueles que encontraram a poesia e dela são amigos.  Leram Thiago de Mello (O Pão Nosso de Cada Dia), Drummond (Sentimental), Pedro Bandeira (Vai pra dentro, menino), Vinicius de Morais (Canções de Garoa) e outros tantos que já convivem com a arte poética.  Uma mãe - vestida de sensibilidade poética -  fez uma homenagem à sala de leitura, especificamente ao projeto que permite levar livros para sua casa.  Tudo acompanhado de música clássica, ao vivo, por instrumentistas presentes.
           

A música ao vivo trouxe um toque especial

Aluna impressionou com sua desenvoltura na leitura

Os tantos leitores que encontraram a poesia

          
          Então... se é na escola que a poesia deve aparecer, a Escola Municipal Enedina Eduardo do Nascimento cumpre seu papel com maestria.

       
          É consenso: o amor pela leitura não vem no código genético. É necessário que seja cultivada, incentivada e ensinada; e é a escola o local ideal, com um papel crucial na formação de leitores.  É lá mesmo que devem acontecer ações significativas para que a comunidade leitora cresça cada vez mais e mais.

          Uma escola envolta em um clima leitor é o elemento que mais facilita o trabalho do mediador de leitura dentro da biblioteca escolar.  A Escola Municipal Íris de Almeida é uma dessas.  Nestes últimos dias 28 e 29 de novembro, a instituição promoveu a  sua 1ª Feira "Nos Contos, Cantos e Encantos do Íris de Almeida", com a presença dos escritores Salizete Freire, Francisco Martins, Elizabeth Rose e José de Castro.

O bate papo com os escritores que compartilham suas memórias literárias

          Esta é uma das grandes competências de uma escola leitora: saber aproveitar a potencialidade enorme que a criança leitora tem de querer conhecer os escritores e a Íris de Almeida fez isso muito bem.  Os alunos tiveram a oportunidade de se aproximarem dos autores em oito horas de programação distribuídos nos dois turnos.

          Cada sala de aula foi adornada, pelas crianças, de acordo com a produção literária dos escritores homenageados.  Em cada canto, um encanto!

Sala Salizete Freire

Sala José de Castro reproduzindo a obra "A Cozinha da Maria Farinha"

Sala Andréia Cristiane, a gestora da escola também é escritora

Espaço Elizabeth Rose, reproduz a obra "A Feira Livre"

       
         Certamente com um trabalho sistemático e apaixonante como esse, a escola, através da Sala de Leitura José Xavier Cortez, não promoverá rupturas dos alunos em sua relação com a leitura ao deixar a escola: serão leitores por toda a vida!

A equipe!

          O desafio de tornar a literatura um patrimônio de todos os parnamirinenses exige ações como as que a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, através do projeto “Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura”, vem conduzindo.  Este é o valor do Plano Municipal da Leitura Literária na Escola (PMLLE) que teve a primeira reunião de seu Comitê Gestor hoje, dia 27 de novembro deste: agregar esforços para superar desigualdades históricas no acesso ao livro e à leitura, e consolidar o valor destes como instrumentos de forte valor simbólico no imaginário municipal para a inclusão social em nossas unidades escolares.

          Estavam presentes representantes do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), da Secretaria Municipal de Educação e das instituições escolares - da Educação Infantil a Educação de Jovens e Adultos, passando pelo Fundamental l e ll.  A todos os presentes foi entregue uma pasta com toda a legislação vigente municipal, estadual e federal sobre a leitura literária para posterior estudo.

Comitê Gestor do PMLLE em Parnamirim

         Na reunião, que estava presente a Secretária Adjunta, a Profª Marizete Amorim, presidente do comitê, uma provocação foi unânime: a formação de professores deve promover a leitura literária, de tal forma que nossos docentes também sejam leitores habituais. Afinal de contas, um bom leitor instiga o outro à leitura.   

          Na verdade, os eixos que nortearão o PMLLE são simples, porém de uma grandeza que podem interferir no curso da história de Parnamirim.   Vida longa à leitura literária nas escolas do rio pequeno!

          Em quadras ou sextilhas, martelos ou redondilhas, o cordel foi a estrela na culminância do projeto sobre este tipo de literatura na tarde desta última terça-feira, dia 26, na Escola Municipal Augusto Severo.
 

          Não estavam pendurados em barbantes, mas nas mãos dos adolescentes que leram as produções de escritores locais como José Acaci e Antonio Francisco, e também de Zé da Luz, Jessier Quirino e Patativa do Assaré, autores de outros estados.

         E quando se pensa em sertão nordestino, logo se pensa em uma região abandonada e seca.  Mas a escola embelezou o Auditório Vinicius de Medeiros reproduzindo o cenário da letra de Patativa do Assaré, "Vaca Estrela e Boi Fubá", cantada por alunos da instituição.

Alunos leem "ABC do Flagelado", de Patativa do Assaré

José Acaci, presente na ação

           A literatura de cordel é um instrumento que permite ao leitor participar da vida do país, debater a realidade, expressar suas necessidades e aspirações e também compartilhar histórias de amor, humor e ficção, completamente adequada ao público do Fundamental ll.  Então... viva a literatura de cordel!

          Ao longo da últimas décadas, mudou bastante a realidade do povo nordestino, porém o teor da literatura de cordel ainda é o mesmo: o tom matuto ainda está bastante presente nos versos, as crenças ainda bem lembradas no diálogo do sertanejo, os dilemas cotidianos, o amor à terra natal, enfim, são temas recorrentes neste tipo de literatura.

          A Escola Municipal João Gomes celebrou, na tarde deste dia 25 de novembro de 2013, o gênero.  Dois convidados mais que especiais deram o tom da festa: o saudoso Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, e o atuante Vice-Presidente da Academia de Letras de Parnamirim/RN e poeta cordelista José Acaci.

A apresentação de José Acaci

Aluna lê Patativa do Assaré

Patativa presente para a entrevista com Acaci

Os cordéis expostos

          Os alunos, de 6º ao 9º ano, desta nova geração, tiveram a oportunidade de apreciar a riqueza e expressividade do conto poético popular através de iniciativas como essa.  Parabéns a Escola Municipal João Gomes!

          A Escola Municipal Homero Dantas, uma das primeiras de Parnamirim, com um trabalho sistematizado e continuado de promoção da leitura promoveu, na tarde deste último dia 22 de novembro, sua  sexta edição do “Chá de Letras”.

          No cardápio, a bebida foi preparada através da infusão de folhas, flores, raízes e ... poesias!  Em variadas combinações, estavam Ricardo Azevedo, Patativa do Assaré, Fernando Pessoa e muitos outros.

O cardápio

         Na ideia inglesa adaptada, o chá começou, com hora marcada, às 15h30, com a presença de muitos pais e convidados.

         De fato, chás poéticos tem sua comprovação científica como erva medicinal terapêutica: despertam e acalmam, aquecem e alegram, de acordo com a necessidade de cada leitor paciente.  Os presentes constataram o fato!

Crianças apresentando poesias de Ricardo Azevedo

Os convidados degustando os chás

          A Escola Municipal Costa e Silva promoveu, durante todo o dia desta sexta, 22 de novembro, - Dia da Música - o 3º encontro com o escritor nesse bimestre.  Dessa vez com a escritora Elizabeth Rose, autora premiada no concurso Zila Mamede, em 2008 e também no l Festival Universitário da Canção, da UFRN.  "Bethinha", assim carinhosamente conhecida, consegue unir as artes, literária e musical, às vezes de forma paralela, outras, de forma complementar em suas apresentações. 



          Toda a escola foi adornada a partir da sua obra infantil "Uma Feira Livre" da escritora potiguar, e a equipe docente preparou, literalmente, uma feira.  Não se tratou, propriamente, de uma feira de negócios, mas poderíamos dizer que era uma feira de exposição, onde o grande produto foi, indiscutivelmente, de grande potencial e valor: o livro.

Escritora autografa para as crianças

          As crianças fizeram uma entrevista com a escritora que compartilhou a história de suas composições, a leitura de seus autores preferidos - Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles -,o processo de criação de um livro e outras memórias com relação a literatura.  "Toda história começa com três palavrinhas que podem abrir um mundo de possibilidades para vocês", disse Bethinha.

         Se a intenção é, também, fidelizar clientes, a sala de leitura do Costa e Silva, tem cumprido sua missão!

Meninos expoem a obra...

          • Fato verídico ou lendário, conta-se que o escritor, ilustrador e piloto Saint-Exupéry, teria feito aqui, em terras potiguares, os desenhos do seu livro mais famoso: o clássico “O Pequeno Príncipe”.  Não apenas nessa obra, que narra a história de um piloto que sofre um acidente e cai no deserto do Saara, mas em outros escritos seus, elementos da aviação tem presença marcante.

          • O poeta e presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras (ANL), Diógenes da Cunha Lima, também é um apaixonado pela fábula do pequeno príncipe, obra que atravessa gerações pelo seu encanto: o também escritor tem 60 (sessenta!) edições da obra em diferentes línguas.

          • Em Parnamirim, cidade nascida em meio à aventura dos pioneiros da aviação civil, na cidade do rio pequeno, uma escola se destaca na literatura. É a Escola Íris de Almeida, igualmente amante dos clássicos.

          E foi no baobá, árvore-rei, tipicamente africana, amada pelo ensaísta potiguar e descrita no relato fantástico de Exupery, que se deu o encontro entre meninos e meninas de Parnamirim,  o escritor francês e Diógenes da Cunha Lima.  O ambiente é poético, embaixo da sombra do baobá, crianças da escola leram e apresentaram trechos do clássico e conheceram as várias versões que tem o presidente da ANL em exposição no local.





          Como em toda boa história, as narrativas formam um todo harmônico, com todos os elementos interligados: a jornada de um personagem está ligada a do outro.  E assim, Escola Íris de Almeida, Exupery e Diógenes da Cunha Lima - todos amantes da poesia, da aviação e da natureza – apesar de estarem envolvidos em enredo que desconhece épocas, marcaram encontro às quatro da tarde, embaixo da árvore de altura descomunal e circunferência avantajada, mas às três horas todos nós já eramos felizes.

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Crianças abraçam o baobá

Fonte: www.networkedblogs.com, em 22 de outubro




          Toda e qualquer lista de “melhores do mundo”, seja o assunto que for, é muito complicada de ser feita. Sempre haverá um item que estará desagradando alguém, outro que faltará na lista. E listas literárias possuem o mesmo problema. Dezenas delas já foram feitas e os meios de comunicação, sejam sites, revistas ou jornais, continuam buscando algum tipo de perfeição. O site Brain Pickings é um claro exemplo.

           Recentemente, eles criaram uma forma muito interessante de se desenvolver uma lista com os melhores livros e autores do mundo. Para isso, eles chamaram quem, teoricamente, conhece mais sobre o assunto: os próprios autores. Assim, o site pediu que 125 escritores – norte-americanos e ingleses – compusessem a desejada lista. Norman Mailer, Ann Patchett, Jonathan Franzen, Claire Messud e Joyce Carol Oates são alguns dos componentes deste grupo.

          Os convocados tiverem que montar uma lista com as dez obras que mais apreciam e que acham que deveriam figurar dentre as 10 mais importantes, dentre todos os gêneros da ficção: novelas, contos, obras de teatro ou poemas.

          Por fim acabou se formando o ranking, listando as obras mais importantes para os autores dos séculos XIX e XX, além dos escritores mais citados.


          Achei essa lista do século XIX bem justa. Anna Karenina é uma obra belíssima e seria injusto caso não figurasse entre, no mínimo, os três primeiros colocados. Apenas deixaria Moby Dick e Crime e Castigo um pouco mais acima. Porém, está perfeita, a meu ver.

          Assim como a do século XIX, achei muito justa e uma grata surpresa a presença de Lolita em primeiro lugar. Além disso, Cem anos de solidão estar entre os dez mais é sensacional. Claro que o deixaria mais acima, preferencialmente no lugar de O Grande Gatsby, porém, continua sendo muito boa a presença de uma obra do genial Gabo na lista.

          Esta lista é bem interessante de se analisar. Shakespeare, merecidamente, fica disparado em primeiro lugar. Porém, é um tanto quanto inusitada a posição de Nabokov. Ficou empatado com outros quatro autores em nono lugar, sendo que possui o romance mais importante do século XX. Já Tolstói, dono do primeiro lugar da lista do século XIX, nem aparece aqui.

Os dez autores com mais pontos conseguidos:


          Outra lista interessantíssima e muito justa. Porém, a posição de Tolstói em primeiro surpreende ao passar Shakespeare com uma grande diferença de pontos. Porém, nada supera a diferença entre o segundo e o terceiro lugares.

          Enfim, as listas são interessantes, porém não são, com certeza, a definição de melhores obras. Aparentemente, ela foi elaborada mais com o gosto pessoal dos autores do que com parâmetros técnicos.

          Uma lista nunca irá satisfazer todo mundo e nunca se achará um ranking que formule, com total precisão ou agradando todas as pessoas, os melhores livros do mundo. Isso é relativo e existem ótimas obras espalhadas pelo mundo todo, o que torna impossível definir apenas dez livros dentre milhares.

         


          Caros ‘guardiões do templo’...

       
          Segundo ministração da Profª Marly Amarilha, coordenadora do Seminário de Educação e Leitura,  com a democratização do livro e da leitura, “não desejamos produzir poetas, apenas pessoas sensíveis”.

          É isso mesmo!  O conhecimento adquirido, nestas quase 30 horas de ministrações, só terá valia quando for compartilhado.  E eu sei que será!  Em cada conto, cada romance, cada fábula, enfim... cada livro ou trecho dele lido, vocês terão, então, a oportunidade de assumir a postura ampla como educador comprometido que somos.

          Meu ‘orgulho’ pelo trabalho que desenvolvem, sai aos borbotões!  E, mesmo que piegas pareça, declaro meu amor por este trabalho e por vocês, amados semeadores que 'mandam o povo pensar'.

          Mais do que saberes acumulados, um compromisso com o futuro de cada menino e cada menina que mora na cidade de Parnamirim.  Cada vez mais estou certa que a arte da palavra –             a literatura – materializada nos livros, causando prazer aos sentidos, pode fazer toda a diferença na vida de muitos.

          E, nesse seminário que participamos, entre os dias 11 e 14, exercício desinibido de nossa curiosidade, também nos aproximamos, o que foi para mim bastante agradável.  É a literatura, também, um instrumento de interação social.

          Um agradecimento especial à minha amiga-irmã Aracy Gomes, que, plena de leveza e sabedoria, traz uma cooperação, na lida do cotidiano, sem igual.  Seus sábios conselhos são imprescindíveis, para mim, nesta caminhada.

          É certo que há muitas emendas, consertos e acrescentos em nosso fazer, mas alegra-nos saber que estamos no caminho certo, fazendo de Parnamirim uma cidade de leitores.  Que não seja, em nossa cidade, negado ao leitor o direito ao tempo dedicado à literatura.  Nunca mais!

          Entre tantos simpósios, grupos de trabalhos e palestras, percebemos quão grande é o desafio daqueles que medeiam a arte.

          Concluo, inebriada de emoção, agradecendo ao Pai das Luzes, grande interessado em tirar-nos das trevas da ignorância, e recontando a narrativa socializada pelo Profº Antonio Pereira (UFRN),  na última quarta-feira (13):

       
          Com esperança...

          Angélica Vitalino

          A reclamação do momento atual é que o professor alcance a competência, não apenas em termos de títulos acadêmicos, mas também na prática e sejam convidados a contribuir teórica, prática e eticamente nos espaços educacionais.  Requere-se, então, que o educador esteja atento, aberto e partícipe a todas e a quaisquer oportunidades que o levem a ascender tanto no plano pessoal, profissional, cognitivo e quanto humano de sua atuação.

          Entre os dias 11 e 14 de novembro deste, 100 (cem) professores participam do 7º Seminário Educação e Leitura (SEL), evento de referência em todo o país, no Centro de Convenções do Praiamar Natal Hotel, em Ponta Negra.

          Nos grupos de trabalho, 25 (vinte e cinco) artigos foram aprovados e apresentados, com temas ligados à leitura, ministrados pelos professores da rede municipal de Parnamirim.  Um destes foi o resultado de uma pesquisa realizada em 2011, sobre a  “Construção de comportamentos leitores nas escolas municipais em Parnamirim”.  No último dia 11, tive o privilégio de apresentar os resultados da pesquisa que aconteceu no âmbito do Projeto Rede Potiguar de Escolas Leitoras, no recorte de 9 (nove) escolas de Parnamirim, com a parceria do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) e Instituto C&A (IC&A).

          A pesquisa re(orientou) as ações do projeto e promoveu o debate a partir dos resultados obtidos, a fim de indicarmos soluções para o problema histórico da não-leitura.

Na relevante discussão junto às professoras da UFRN

          Se um dos objetivos do evento, segundo a coordenadora Marly Amarilha, é aproximar os conhecimentos produzidos na universidade da sociedade e da instituição escolar, o SEL tem cumprido, com magnificência, seu fim.

          Ter um rico e expressivo vocabulário é o desejo de todos, entretanto poucos são os que se dedicam a cultivá-lo. Para você testar o seu vocabulário em determinada língua, não é necessário que todas as palavras que compõem o idioma lhe sejam apresentadas, bastará apenas retirarmos aleatoriamente alguns vocábulos menos usados, bem como termos usuais empregados numa conversação entre pessoas cultas. Assim, poderemos medir seu conhecimento da Língua Portuguesa, nesta pequena amostragem de 30 palavras no site interney.net/testes.

           A literatura é a forma de aumentar o vocabulário sem percebemos. Quando lemos um livro, nos deparamos com novas idéias e, muitas vezes, com novos cognatos. Como elas estão dentro de um devido contexto, é mais fácil aprendê-las e utilizá-las quando há necessidade.

          Vamos tentar?   Acesse: www.interney.net

   

 
       
          Muito antes de dominar a leitura, as crianças devem ser colocadas em contato com a literatura. Ao ver um adulto lendo e/ou ao ouvir um livro lido, os pequenos começam a se interessar pelo mundo das palavras.  E quanto mais cedo as crianças tiverem contato com a literatura, maiores serão as chances de serem grandes leitores.

          A Escola Municipal Homero Dantas, com um trabalho sólido de vários anos na promoção da leitura literária, promoveu, na tarde desse último dia 8 de novembro, um sarau com a educação infantil.



           Incrível perceber como o próprio conhecimento do objeto livro ou a familiaridade com ele, dá aos meninos e meninas uma leitura fluente que muitos adultos ainda não tem.  Com músicas e pequenos textos memorizados de Vinicius de Moraes, José Paulo Paes, Cecília Meireles e outros, se deu a culminância do projeto, trabalhado o ano inteiro, "Poemas para Cantar e Encantar".

Profª Veronica Ligia conduz o sarau

Algumas das obras lidas

         Priorizando o contato com o livro, qualquer outra instituição escolar, através de seu espaço de leitura, pode promover uma formação de leitores qualificada, comprometida e, sem dúvida, inesquecível.

          Está comprovado: um dos fatores que dificulta a formação de leitores é utilizar a literatura para fins didatizantes.  Fazer resumos ou preencher aquelas conhecidas fichas após a leitura de um romance ou conto, usando a leitura literária como pretexto para trabalhar questões estruturais da língua retira toda a arte que a mesma suporta.

          Entendendo que o ato de ler seja, talvez, o valor mais importante a ser repassado pela escola, a Escola Municipal João Gomes promoveu, na manhã do dia 8 de novembro deste, a Sorvetada Literária.  Nada mais lúdico e instigante!



          Pais, professores e alunos degustaram a iguaria de vários 'sabores':  de "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias até "Poesia na Varanda", de Sonia Junqueira, passando por vários outros escritores para adultos e crianças.  Uma performance musical envolvendo as crianças com livros nas mãos trazia um coro igualmente saboroso: "Eu quero passear no mundo da literatura...".





          Desde 2010, o Projeto “Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura” toma como desafio o envolvimento dos alunos de forma que a leitura se torne algo necessário à sua vida. E muitas instituições escolares tem comungado, conosco, desse ideal.

          A Escola Municipal João Gomes é uma delas.

E o capricho da esoola: a lembrancinha em forma de sorvete!

 
          O poema acima, de Francisco Martins, enumera alguns dos desejos do poeta.  O ser humano, complexo e insatisfeito por natureza como é, carrega, em si, não apenas desejos, mas também sonhos, projetos, necessidades, esperanças.

          Durante todo o dia desta última quinta-feira, 7 de novembro, a Escola Municipal Costa e Silva recebeu e homenageou o escritor Francisco Martins, que compartilhou, com as crianças, sua história de vida como leitor, desde criança.  Seu primeiro livro, que ganhou aos 9 anos, na cidade de Ceará Mirim, o início de sua vida como escritor, seus personagens Leiturino e Mané Beradeiro, o seu livro de cabeceira, a primeira obra publicada no ano de 2004, dentre tantas outras recordações, foram algumas das memórias compartilhadas com o público leitor da escola e demais convidados.





          A gestora da escola, Alcione Flávia, disse que a escola já tem tido êxito aproximando a criança do livro, e agora cumpre seu objetivo de avizinhar o sujeito-leitor do sujeito-autor.




          Assim como o poeta, igualmente temos nossos desejos: também ardemos "por ser testemunha do riso aberto da criança que dá seus primeiros passos"... na leitura e na vida!

          Como reza a lei 1.563, que dispõe sobre a Criação da Política Municipal de Promoção da Leitura Literária nas Escolas Públicas do Município de Parnamirim/RN, a concepção e a gestão do Plano Municipal de Leitura Literária nas Escolas (PMLLE) serão realizadas, de forma compartilhada, através de um Comitê Gestor.  Pois bem, após um longo processo, o grupo, após eleição realizada há alguns meses atrás, teve seus nomes publicados no Diário Oficial neste último dia 6 de novembro. 

          O Plano Municipal de Leitura Literária nas Escolas (PMLLE) deverá considerar e incorporar as iniciativas das escolas, da sociedade civil organizada e aquelas realizadas em parceria com empresas e com o próprio poder público. O comitê integra professores ligados ao Projeto "Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura", mediadores de leitura, coordenadores, professores ligados à educação infantil e a educação de jovens e adultos e membros do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE).

          E nessa conjunção de esforços em prol da consolidação da leitura literária nas escolas de Parnamirim, estamos apenas no início de uma longa jornada...

       



          Não tem como falar em professor mediador de leitura e promoção da literatura sem referir-se a formação continuada destes profissionais professores; uma vez que vem sendo considerada, juntamente com a formação inicial, uma questão fundamental nas políticas públicas para a educação.

          Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Parnamirim adquiriu 100 (cem) inscrições para o 7º Seminário Educação e Leitura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (7º SEL), um dos maiores eventos no gênero no país.

          Sendo o mediador de leitura um dos ofícios mais aludidos, no foco da atualidade, das exigências sociais, este profissional, junto a outros professores, apresentarão seus relatos de experiências e participarão dos vários cursos oferecidos no congresso entre os dias 11 a 14 de novembro, no Centro de Convenções do Praiamar Natal Hotel, em Ponta Negra, quando se reunirá mais de 1.000 participantes de todas as regiões do Rio Grande do Norte e de várias partes do Brasil.  Foram selecionados,  nos grupos de trabalho, 25 (vinte e cinco) trabalhos ligados à leitura dentre os 100 docentes do município de Parnamirim.  Vivas!

         O professor precisa tomar consciência de que esse processo de formação continuada se tornará presente ao longo de toda a sua vida profissional e o Projeto “Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura” aliados a instituições sérias como a UFRN poderá, e muito, contribuir com esse intento.

O evento é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sob a coordenação do grupo de pesquisa Educação e Linguagem e da linha de pesquisa Educação, linguagem e formação do leitor. Conta com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior – CAPES, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, e da Fundação de Amparo e Pesquisa do Rio Grande do Norte – Fapern

         Segundo o Dicionário Aurélio, “gincana” é ''um conjunto de tarefas disputadas entre grupos diversos, com o mesmo objetivo final".

          A Escola Municipal Manoel de Paiva promoveu, na manhã deste último dia 04 de novembro de 2013, a “Gincana Literária”, que envolveu toda a comunidade escolar do bairro de Passagem de Areia.

As cores, por todos os lados!

          Já que a leitura tem se configurado em uma bem sucedida atividade em nossa cidade, a escola aproveitou-se da estratégia para dinamizar o trabalho realizado pela sala de leitura. Divididos em três grupos, os alunos leitores apresentaram um desfile de personagens à platéia, criaram a 'Bandeira da Leitura', construíram paródias, caracterizaram obras e escritores, e, é claro, leram poemas.

Aluno lê biografia e obra de Hailton Mangabeira

Enquanto crianças drmataizam, profesora lê "A Casa Sonolenta", de Audrey Wood

          E, nesta rota, é preciso estratégias para prender os poucos olhos – que ainda - permanecem dispersos. Sabemos que não basta às bibliotecas terem estantes cheias de livros. É preciso a formulação de atividades literárias para instigar em crianças e jovens o gosto pela leitura.

          E os meninos e meninas leram:   "A casa Sonolenta", de Audrey Wood, "Menininha", de Vinicius de Moraes, "Ou Isto ou Aquilo", de Cecília Meireles, dentre vários cordéis do professor da escola, e, também, escritor Hailton Mangabeira, um dos homenageados na gincana.

Professores, literalmente, vestiram a camisa do evento

Uma das maiores 'culpadas': a mediadora de leitura Jarlene desenvolve um trabalho digno de nota na escola

          O que era apenas uma competição, revelou habilidades de leitura entre as crianças, que liam com admirável desenvoltura!  Parabéns a Escola Manoel de Paiva!