Mais um capítulo de sucesso na história da Editora Cartolina Cartonera - a primeira no Rio Grande do Norte que produz livros a partir do papelão - e na Escola Cívico-Militar Carlos Alberto.  No dia 14 de dezembro de 2022, a culminância com os alunos dos 7.º anos do turno matutino trouxe a satisfação do dever cumprido aos professores envolvidos no projeto "O Pequeno Príncipe e um Grande Rio".  

          Leituras em voz alta - com fala expressiva e fluente, dramatizações e a entrega do "Certificado de Aluno Leitor fizeram parte da programação da manhã, que contou com a participação do idealizador da editora e do projeto, o agitador cultural Francisco Martins.

          "Quanto sentimentos e valores foram despertados! Eis o segredo pelo qual o “Pequeno Príncipe“ é um clássico!", disse a mediadora de leitura Erlane Silva, que desenvolveu o projeto junto a professora de Língua Portuguesa, Solange Nascimento.  Com a possibilidade de ter o clássico em domínio público, foi possível que cada um dos alunos levasse, para casa, um exemplar para, ainda mais, poder desvelar valores necessários à adolescência.  Por sua vez, Martins se comprometeu em disponibilizar a obra também no formato digital para os alunos da instituição.  Que grandeza!  

           Quando estes alunos chegarem à universidade, lembrarão deste livro que tanto marcou a adolescência em uma biblioteca escolar da cidade de Parnamirim.

          O relatório, como já sugere o próprio nome, é o relato detalhado de um determinado ofício.  Entendendo como extremamente importante e necessário, o Projeto “Rio de Leitura”, solicita, a cada um de seus mediadores de leitura este documento.  Uma etapa importante no ano de 2022 em nosso desenvolvimento profissional.

          Um registro em caráter permanente das dificuldades enfrentadas no período na gestão do espaço, as ações desenvolvidas na mediação da leitura – com fotos que ilustrem tais momentos -  as vitórias colecionadas com os leitores, as necessidades com relação ao acervo e espaço, os desafios, enfim.  

          De posse desse instrumento, é possível reorganizar, também, nossas ações enquanto equipe, entendendo que “Não existe forma, método, fórmula ou suporte técnico único para colaborar na criação de um ambiente favorável à leitura. Pode ser um livro, um sorriso, uma música, uma ideia, uma história, um conto, uma palestra, a expressão simpática e sempre bem humorada, uma visita, uma atitude atenciosa, uma resposta oportuna, uma informação ainda não solicitada, um gesto solidário ou uma atitude dinâmica em busca de soluções.” (MARTINEZ, página 24).  

P.S. O relatório é individual, mesmo que haja atuação em duplas, deverá contemplar todo o ano de 2022 das ações presenciais e virtuais; e deverá ser enviado para o e-mail bibromulo@gmail.com impreterivelmente até o dia até o dia 23 de dezembro.

           “Este é um dia ímpar, dia nunca vivido por nenhum de nós": essas foram algumas das palavras ditas pelo prefeito Luciano Silva Santos, da cidade de Lagoa Nova, na abertura da l Semana Literária da cidade de Lagoa Nova.  

          E, assim, o projeto “Rio de Leitura” subiu a serra, a convite da escritora Paula Belmino, para cooperar no desejo de formar/consolidar mais uma cidade leitora. Na terra em que cada escola tem floreiras; cada biblioteca escolar recebeu um kit de livros com um investimento de dezenas de milhares de reais por parte da Prefeitura. 

          A letra do canção do músico de Lenine foi apenas um dos textos lidos para representantes da Pintura, Escultura, Música, Dança e da Fundação José Augusto que estiveram reunidos no Fórum Municipal da Cultura de Parnamirim nos dias 5 e 6 de dezembro de 2022 no Auditório Clênio José. 

          Um movimento bonito multissetorial, colaborativo e propositivo, levado à frente pela Fundação de Cultura.  No levantamento do que é feito em nosso município, o projeto Rio de Leitura compartilhou sua experiência trazendo textos de Bartolomeu Campos de Queirós e estatísticas do Instituto Pro Livro (IPL), ainda não animadoras com relação a promoção do livro.

          Que as artes sejam fortalecidas e tenham seus caminhos desenvolvidos através do Plano Municipal de Cultura de Parnamirim para a recepção de recursos federais e internacionais e, assim, sigamos!

          Não apenas o livro "O Menino Astronauta", do escritor Adriano Gomes mergulhou no horizonte da Escola Municipal João Gomes, mas todas as suas obras estiveram presentes neste planeta fascinante da Biblioteca Escolar Maria Pereira de Araújo. 

         No último dia do mês de novembro, meninos e meninas do sugestivo nome do Bairro Liberdade, degustaram, durante a Sorvetada Literária, as obras do jornalista e professor em uma manhã bem feliz, cheia de ritmo, rima e beleza.

          Atos literários como a Sorvetada - que já está na sua nona edição - só conquistam e engancham leitores de todas as idades.  Benditas crianças que experimentam uma tão saborosa experiência na Escola João Gomes.  Parabéns!

          As linhas da mediadora de leitura Regiane Fernandes se uniram a outros gêneros de escritores brasileiros como cordéis, contos, cartas, fábulas e tantos outros em reverência a uma professora que labutou por mais de 38 anos da rede municipal e ainda inspira a muitos profissionais: Dilza Magnólia.   

          No dia 25 de novembro de 2022, durante o 14º Chá de Letras, foi inaugurada a Biblioteca da Escola Homero Dantas e, entre pais, secretários, escritores e alunos, em prosa ou verso; chás, saberes tecidos de turmas do 1º ao 5º ano, performances, ouvidos atentos e um tempo reservado foi dedicado à apreciação da poesia da vida da mediadora de leitura.  O livro, como nas demais edições do Chá - como dito pela mediadora de leitura Gracileide Oliveira e ratificado no comportamento leitor de todo o corpo gestor e docente - ocupou o lugar de protagonista em toda a programação, uma vez que ele é sempre competente para atrair, dia a dia, novos adeptos à pratica da leitura literária.

          Crianças desenvoltas e irmanadas com a leitura fizeram performances dos textos. O resultado natural: aplausos voluntários de pais e convidados, satisfeitos pela arte da palavra. Maravilha ver uma Biblioteca como esta se consolidar com este nome: Dilza Magnólia.  Que justa homenagem!  

            São duas as formas de se tornar "um caçador de histórias": ouvindo e indo até a Biblioteca para levar um livro emprestado. Essas foram uma das últimas palavras dadas durante o espetáculo "As caçadoras de Histórias”, encenado pelo Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, no dia 18 de novembro de 2022 nas Escolas Ivanira Paisinho e Osmundo Faria.

            Passeando entre os universos fantásticos da Literatura e do Teatro, as duas personagens de inspiração clownesca - Suricate e Jiboia - utilizaram música e manipulação de objetos para compartilhar três histórias que arrancaram altos risos, palpites e muitos aplausos durante o momento da fruição. Uma bela ampliação do horizonte cultural vivida por alunos do 1º ao 5º ano de duas escolas públicas em uma feliz sexta-feira.

          Que grande responsabilidade tem, nas mãos, um parceiro como o SESC que presenteia nossas escolas municipais com arte e literatura e, também, seus mediadores de leitura, bibliotecários, atores e caçadores de histórias que fazem chegar às mãos das crianças um objeto vivo como o livro é!  

          "Há algo de mágico no nome que carregamos, desde a hora que os pais o escolhem, seja por uma história ou afetividade, seja por modismo, atribuição a um santo ou parente: o certo é que o nome diz muito sobre a gente. 

          Quando minha mãe escolheu meu nome, entregou-me ao santo de que era devota, São Francisco, mas não de Assis, de Paula, eremita, nascido em Nápoles, e que quando criança fora acometido por uma doença, e por meio da fé o entregaram a São Francisco de Assis, usando por certo tempo a roupa franciscana, vindo assim, ser curado. Apesar do nome composto, eu era conhecida apenas por Paula, Paulinha, filha de Cícera de Nico, outros nomes que carregam histórias, memórias, fé e representações oníricas e afetuosas dentro de mim. 

       Como peso ao nome, meu sobrenome Belmino, mal era pronunciado e eu carregava nele um ar de tristeza pela ausência de um pai presente, na dureza da falta de afeto que aquele nome se produzia em mim, e eu na minha fase de adolescência cheia de conflitos mal sabia entender. Foi em meio a muitos traumas, dores e lágrimas que consegui amadurecer e entender a força daquele sobrenome.

          Eu poeta, chorando nos versos palavras de melancolia, saudade, desafetos, amores desgastados e platônicos, escondia meu sobrenome, como quem quisesse esconder a vida áspera que viva no semiárido. Foi só quando o tempo amadureceu meu espirito e a poesia inundou minha alma, que a imaginação deu significado e o desejo de estampar meu nome “Paula Belmino” nas folhas de um caderno-diário e, mais tarde, nas páginas de um livro sonhado. Escrito e rubricado de significâncias e narrativas que impregnados em cada letra diziam muito de quem eu era, de quem eu ansiava ser: Uma estrela da TV, uma cantora de sucesso, uma fada ou princesa na torre esperando o príncipe encantado, ou a menina brincando de pés descalços na areia multicor, tal como as que coloriam meu nome.

          O certo é, eu agora moça-mulher, entendi a força de um nome, que só ressurgiu do perdão ao desamor do meu pai, ao entendimento do amor supremo com que minha mãe me amava e por mim dava o tudo no pouco que tinha, o entrelaço de minha história ao do meu avô que contava histórias, e à avó que não sabia escrever, e a quem pude ajudar lendo ou escrevendo uma carta aos parentes. Era meu nome que brilhava feito os das estrelas do cinema, não na calçada da fama, mas nos registros da pequena biblioteca de minha cidade, no amor pela leitura e, quase que de repente, num certificado de nível superior, e notoriamente nos autógrafos de livros autorais. Meu nome e sobrenome, agora cantado na voz de crianças que agora liam os escritos do meu âmago e que consagraram para si meu nome em afeto e exemplo, agora refletindo também em nome de Biblioteca Escolar. 

          Só assim, após tantos dissabores e conflitos compreendi, mais que o nome escrito no registro civil de nascimento, ou cravado na história, fazia jus ser semente de boas palavras, como árvore a florescer bons frutos. Um nome que abre janelas e portas não pelo poder da assinatura, mas por trazer em si mesmo a força de promover o outro por meio do exemplo e da educação.

          Meu nome, agora inaugurado na Biblioteca da Escola Municipal Desembargador Silvino Bezerra Neto, em Parnamirim-RN, emoldura na parede, mais que um presente, um marco, anseia escrever-se no coração dos leitores de todos tempos. Para ser sagração, em saber que cada um carrega no nome, no amor aos livros, a transformação de pessoas por meio da esperança."

Paula Belmino é natural de Lagoa Nova, bem pequena encantou-se pelo mundo das histórias e cordel que ouvia do seu avô.  Filha de professora, se tornou também educadora, formada em Pedagogia pela UFRN, atua como mediadora, contadora de história e incentiva à leitura.  Hoje, dia 11 de novembro de 2022, foi inaugurada a Biblioteca Escolar Paula Belmino na Escola Municipal Silvino Bezerra, em Parnamirim/RN.